domingo, 26 de abril de 2009

Abril de Novo!

Foram muitos aqueles que fizeram questão de estar presentes no Jantar Comemorativo do 35.º Aniversário da Revolução de Abril, organizado pela Comissão Coordenadora Autárquica de Guimarães da CDU.

Mais de 180 pessoas, Comunistas e outros Democratas, participaram neste jantar, reafirmando a sua luta em defesa dos valores e ideais de Abril, mas também para demonstrar o seu apoio à candidatura da CDU nas eleições que se aproximam.



Na sua intervenção, Cândido Capela Dias reafirmou valores e ideais de Abril "porque sabemos que o capitalismo produz e reproduz a discriminação, a injustiça, as desigualdades sociais, é que não nos deixamos iludir nem desanimar. O socialismo é a verdadeira alternativa ao capitalismo e é esse o modelo de sociedade equilibrada, justa e racional que queremos, pela qual lutamos no passado e pela qual lutaremos hoje e amanhã..."
e apontou o dedo à contra-revolução iniciada à 32 anos que nos conduziu até à crise actual: "...as nossas dificuldades não nasceram ontem ou no ano que passou. As nossas dificuldades remontam há 32 anos atrás quando o processo transformador que o 25 de Abril potenciou fui súbita e profundamente invertido e o grande capital começou devagarinho, de mansinho, disfarçadamente, escondido atrás de forças políticas tidas por insuspeitas, o grande capital dizia eu começou a preparar o regresso ao passado. Não um passado gémeo do fascismo, mas um passado envernizado com as cores da moda, um passado temperado com muita liberdade na boca, um passado vestido com as cores do capitalismo popular ou social-democrata, um capitalismo europeu e modernaço.
Os desequilíbrios da nossa balança comercial, que é antigo, foi-se acentuando à medida que, como consequência das opções dos governantes de turno, se foi destruindo o aparelho produtivo nacional, descalabro que se acentuou com a adesão à Comunidade europeia, que escancarou as fronteiras à entrada de produtos vindos do estrangeiros. Com pezinhos de lã o grande capital nacional foi reconstituído, os grandes grupos económicos nacionais recuperaram as empresas que tinham abandonado, refundaram os monopólios e abocanharam empresas e sectores estratégicos para um desenvolvimento harmonioso e sustentado da economia portuguesa.

A repartição da riqueza produzida desequilibrou-se em benefício do capital, acentuaram-se as assimetrias entre regiões, o litoral contras com o interior, o norte com o sul e Portugal voltou a acentuar a sua condição de país macrocéfalo..."


Salgado Almeida, na sua intervenção trouxe à memória dos presentes as conquistas e os direitos adquiridos pelos trabalhadores e pelas populações durante o governo de Vasco Gonçalves - "um salário digno, o direito a férias, o 13.º mês, a reforma agrária..." acusando o PS e o PSD de não terem legitimidade para comemorar o 25 de Abril, pois têm sido eles os grandes destruidores dos valores e ideais da Revolução de Abril, das conquistas e direitos adquiridos pelos trabalhadores no período revolucionário.

A iniciativa terminou com o grupo musical Urânio e Dino Freitas a cantar a Grândola Vila Morena acompanhados em uníssono por todos os presentes.



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